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  Em tempos li uma frase onde estava escrito que quem é amado por um escritor é eterno e é por isso que te escrevo. Porque pôr em palavras aquilo que és, preenche a minha necessidade de te eternizar. De te tornar infinito. De nos tornar intemporais.

  A ideia de que um dia terei de te ver partir corrói-me por dentro. Porém, a minha escrita vai ser o testemunho da tua existência, basta lerem com atenção nas entrelinhas. Quando me perguntam o que é que me leva a escrever não preciso de pensar muito. Basta lembrar-me de ti: o maldito ser humano que roubou o que restava do meu coração e que fez com que cada vírgula, cada parágrafo e cada ponto final valessem a pena.

  O que me leva a escrever é a necessidade de mostrar aquilo que és e aquilo que me fazes sentir a cada alma que estiver disposta a perder um minuto do seu tempo precioso para ler aquilo que eu mais gosto de fazer. O que me leva a escrever é a tua omnipresença, a capacidade que tens de estar comigo mesmo que o teu corpo não esteja ao meu lado. A tua habilidade extraordinária de me aturar e de me incentivar a dar o meu melhor. 

  Sorte daqueles que têm o prazer de conviver com os teus átomos e para aqueles que não a têm, deixo todas estas palavras para que possam saborear aquilo que é a vida nos teus braços e pensando bem, eu não te amo, eu escrevo-te.

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